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A Ortodontia na idade adulta

A Ortodontia na idade adulta

Os adultos estão frequentando cada vez mais os consultórios de ortodontia não mais apenas como acompanhantes de crianças e adolescentes, mas como pacientes. E especialmente no Brasil esse fato tem despertado a atenção de todos, como um verdadeiro fenômeno social.

São várias as razões para essa demanda: mais preocupação com a estética facial e do sorriso, maior preocupação com a qualidade de vida na terceira idade, mais estímulos por conta do surgimento dos aparelhos estéticos e dos chamados aparelhos invisíveis, maior chance para resolver um problema que o afligia desde a adolescência, mas que não tinha condições de tratar na ocasião, etc.

Com isso, profissionais e fabricantes de materiais ortodônticos tiveram que se aperfeiçoar no atendimento dessa faixa etária. Surgiram os aparelhos e fios ortodônticos estéticos, os aparelhos linguais que ficam escondidos por trás dos dentes, os alinhadores transparentes de última geração e os recursos de ancoragem esquelética (mini-implantes e mini placas de titânio usadas temporariamente para facilitar a movimentação dentária).

Considera-se adulto todo paciente que já tenha atingido a maturação esquelética, ou seja, que não cresce mais. Sendo assim, problemas de origem óssea nesta fase são tratados através de compensações dentárias (inclinações dentárias para compensar a deficiência esquelética), extrações ou auxílio de cirurgias ortognáticas.

A movimentação dentária em adultos envolve os mesmos mecanismos biológicos presentes em outras faixas etárias mais novas. O que vai diferir é a velocidade com que a mesma ocorre, já que os adultos tem menos atividade celular e normalmente já tem um comprometimento periodontal (ossos e gengivas) que pode retardar um pouco a obtenção dos objetivos do tratamento. Com isso às vezes é necessário diminuir um pouco a força aplicada, espaçar mais as consultas e haver o acompanhamento concomitante de um periodontista.

Os planejamentos ortodônticos em adultos exigem do ortodontista a habilidade de trabalhar em equipe, pois não são raros os casos em que além do periodontista, será necessária a presença do implantodontista, do especialista em dentística, do endodontista e do protesista, a fim de definir quais dentes serão mantidos, quais espaços serão abertos ou fechados, como serão niveladas as margens gengivais, etc.

Tudo em busca de um sorriso perfeito, que poderá dar trabalho, mas que valerá todo o investimento feito.


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